A maternidade, por si só, é uma experiência transformadora, um mergulho profundo num universo de emoções, responsabilidades e descobertas. Mas quando esse caminho é trilhado a solo, por mulheres que, com força e determinação, decidem abraçar a maternidade de forma independente, ela torna-se ainda mais singular. A maternidade a solo é um caminho que exige coragem, resiliência e um amor incondicional, mas que também oferece recompensas inigualáveis. É a oportunidade de construir uma relação única e profunda com o seu filho, de vivenciar a maternidade na sua plenitude e de se redescobrir como mulher, mãe e heroína da própria história.
Estas mulheres, que desafiam convenções e superam obstáculos com graça e determinação, merecem ser admiradas e celebradas. Elas reescrevem a narrativa da maternidade, provando que a força e o amor materno são capazes de superar qualquer desafio. Mas não é só uma narrativa de desafios, é sobretudo uma narrativa de vitórias e por isso tão especial.
Há momentos únicos que estas mulheres acabam por vivenciar sozinhas. O primeiro sorriso, as primeiras palavras, os primeiros passos as descobertas do dia-a-dia e sobretudo, a construção de uma relação única. Todos estes momentos merecem ser celebrados. A conexão profunda que se constrói com o filho, a liberdade de tomar decisões e a força que se descobre ao longo deste caminho são outras alegrias que esta escolha proporciona.
Estas mulheres que decidem construir a sua própria família às suas custas e sem outra pessoa são verdadeiras guerreiras. Têm a capacidade de superar desafios, adaptar-se às mudanças e seguir em frente com determinação, mesmo perante as dificuldades. São mulheres independentes e autónomas, com total liberdade na tomada de decisões que constroem a sua própria história e criam os seus filhos da maneira que crê ser a melhor. A decisão da maternidade independente proporciona um profundo mergulho em si mesma, revelando forças e capacidades que nunca imaginaram ter.
Mas os guerreiros também precisam de parar, respirar. Não são implacáveis. E estas mulheres e mães também não. Precisam de encontrar um equilíbrio entre o papel de mãe e o papel de mulher. É crucial reservarem tempo para si mesmas, cultivar hobbies e manter uma vida social ativa. É fácil falar, porque na prática o tempo voa e normalmente estas mulheres só existem quando as suas crianças adormecem. Uma nova vida renasce quando vêm os seus filhos a dormir. E quando não adormecem com eles (o que é raro) há que dedicar esse tempo ao que mais gostam de fazer. Ver uma série, ler um livro, conversar com amigos e não, arrumar a casa, pôr a roupa a lavar, tirar roupa da corda e etc…
A organização do tempo é uma boa ajuda para que esta nova vida após os filhos estarem a dormir seja algo prazeroso. Se trabalhar em casa, aproveite as pausas para dar um avanço nessas tarefas, a hora do almoço para fazer compras de supermercado ou ir fazer exercício. Se conseguir fazer a sua vida sem a necessidade de um carro, invista numa bicicleta ou bicicleta elétrica. O fundo ambiental comparticipa uma parte do investimento que fez neste novo meio de transporte. O levar o filho à escola passa a ser um passeio matinal e ao mesmo tempo faz exercício, já para não falar no exemplo que está a dar ao seu filho/a.
Ainda dentro deste equilíbrio, é importante nunca esquecer da aldeia, a rede de apoio. Os amigos, os familiares, os vizinhos. Grupos de apoio a mães independentes (existe um no Facebook que se chama Mães Solteiras por Opção), comunidade online, profissionais de saúde mental que vos pode acompanhar na montanha russa de emoções.